E dá-lhe vaias

Acabo de chegar de um passeio por um blog que simplesmente A-D-O-R-O! É muito irreverente, e comenta sempre sobre as mazelas brasileiras com muito humor. É aproveitando a deixa desses Atolados que posto hoje. O tema em questão é a suruba panamericana, que levou "milhas" de brasileiros ao orgasmo coletivo diante das vaias "lulanesas" na abertura do PAN.
O brasileiro é mesmo debochado por natureza e não ia deixar passar em branco a oportunidade de expressar sua indignação com o atual governo, mesmo levando em consideração que estávamos na abertura de uma festa, transmitida para inúmeros países. O que é que tem? Qual o problema do anfitrião lavar roupa suja na frente de seus convidados, não é mesmo? Temos mesmo que expressar para o mundo a roubalheira que há em nosso país, envergonhar nossa presidência. Quem sabe assim o Lulalá se constrange e começa a fazer um governo que realmente seja a favor das classes de onde ele veio! Afinal, vaiar anonimamente é muito mais fácil que votar corretamente; as vaias - manifestação da própria desgraça - dão bem menos trabalho do que se organizar e manifestar de verdade, de uma forma que surta resultados, contra o assalto à mão armada do qual somos vítimas todos os dias pelas companhias de abastecimento de água e energia (e olha que não damos nem uma vainha diante desse assalto, pagamos pianinhos). É bem menos desgastante vaiar do que impedir os vales-combustíveis e os aumentos de salários parlamentares. Por isso vaiemos, vaiemos, vaiemos, incansavelmente. Debochemos pois de nossa miséria e do circo que nós ajudamos a manter todos os dias na bela BSB. Mas não esqueçamos pois de um pensamento que já vem prontinho: "Cada povo tem o governante que merece".