quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Dicas para desenvolvimento de referencial teórico

Olá, pessoal! Saudades...


Hoje estou postando um exercício MUITO bacana para graduandos, futuros autores de TCC adquirirem e treinarem técnicas para elaboração de referencial teórico. Espero que seja últil para algum de vocês.


Beijinhos

Considere o nosso objeto de estudo: o Carnaval. Leia as seguintes letras de música.






Agora responda:
Qual é a essência do carnaval brasileiro?
O que o carnaval representa para cada um dos autores? Será que os autores das letras das músicas concordam entre si a respeito do carnaval? Em sua opinião, qual dessas músicas expressa o espírito dessa manifestação popular? Ou seja, qual dessas visões de carnaval você se identifica e por quê?

Elabore um texto respondendo a essas perguntas. Se achar necessário, dê uma olhada na “amostra” abaixo.

A essência do carnaval

Com o objetivo de discorrer sobre a essência do carnaval brasileiro, buscou-se nos autores Didi & Maestrinho (1982), Hime e Holanda (1984) e Guanaes (1992) embasamento teórico que nos auxiliasse nessa tarefa. Entende-se aqui que o carnaval é uma manifestação popular e, a partir desse pressuposto, pretende-se expressar o “verdadeiro espírito” do Carnaval.


É fato que os três autores percebem o carnaval como uma manifestação de alegria, embora o conceito dela difere, em cada autor, na forma e na circunstância. Didi & Maestrinho (1982) falam sobre uma alegria esplendorosa, tão contagiante a ponto de ser famosa no além mar:

Minha alegria atravessou o mar
e ancorou na passarela.
Fez um desembarque fascinante,
o maior show da terra. (DIDI & MAESTRINHO, 1982, p.?)

Percebe-se também que a figura central no texto desses autores é o brasileiro que mora nos assentamentos irregulares de baixa renda
[1] dos grandes centros urbanos:

Será que eu serei
o dono desta festa?
O rei no meio de
uma gente tão modesta. (DIDI & MAESTRINHO, 1982, p.?)

É interessante notar que tanto Didi e Maestrinho (1982), quanto Hime e Holanda (1984) tratam a alegria de forma semelhante: nos dois textos, a alegria assume a condição efêmera, ou seja, ela é momentânea. “É hoje o dia da alegria e a tristeza não pode pensar em chegar.” (DIDI & MAESTRINHO, 1982, p. ?) afirmam os primeiros. E Hime e Buarque (1984) concordam:

E um dia, afinal tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval. (HIME & HOLANDA, 1984, p. ?)

No entanto, para esses últimos, a alegria do carnaval é adequada aos interesses dos mais favorecidos (HIME & HOLANDA, 1984). Recorrendo a um discurso político, os autores demonstram como o carnaval contribui para a alienação da massa e como esse fenômeno sóciocultural persiste até hoje em:

Num tempoPágina infeliz da nossa históriaPassagem desbotada na memóriaDas nossas novas geraçõesDormia a nossa pátria mãe tão distraídaSem perceber que erasubtraída em tenebrosas transações. (HIME & HOLANDA, 1984)

A análise mais profunda do Carnaval em Hime e Holanda (1984) não é percebida em Guanães (1992). O autor, ao escrever o livro, dirige explicitamente ao turista (usa refrão em língua estrangeira): “We are Carnaval” (p.?). Esse indício demonstra que Guanães (1992) considera o Carnaval uma atração turística – o que coloca em segundo plano a manifestação cultural.
De qualquer forma, percebe-se, nos três autores, uma alegria fugaz, embora tal característica seja enfatizada de modo distinto. Considerando que o Carnaval é mais uma manifestação popular e menos uma atração turística, pode-se concluir que os autores Didi & Maestrinho (1984) e Hime & Holanda (1982) conseguiram expressar com mais propriedade a alegria no carnaval no Brasil: A alegria fugaz é a revelação de uma condição sócio-cultural da sociedade brasileira: relação desigual e ilícita entre ricos e pobres. Mesmo porque esses autores juntos não se preocuparam em delimitar um espaço geográfico para tal manifestação popular ocorrer. Ou seja, não é somente em Salvador que o folião (e o turista) tem direito a uma breve alegria.

[1]Hoje, adota-se uma expressão politicamente correta para o termo favela, embora o senso comum desconheça tal expressão.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Prá sorrir um pouquinho

INSCRIÇÕES ABERTAS ! (vagas limitadas) NÃO PERCAM Novo Curso de Formação para Homens (4 MÓDULOS):
Módulo 1: Introdução (Obrigatório)
1. Aprender a viver sem a mamãe (2.000 horas)
2. Minha mulher não é minha mãe (350 horas)
3. Entender que não se classificar para o Mundial não é a MORTE (500 hs)
Módulo 2: Vida a dois
1. Ser pai e não ter ciúmes do filho (50 horas)
2. Deixar de dizer impropérios quando a mulher recebe suas amigas (500 hs)
3. Superar a síndrome do "o controle remoto é meu" (550 horas)
4. Não urinar fora do vaso (1.000 horas - exercícios práticos em vídeo)
5. Entender que os sapatos não vão sozinhos para o armário (800 hs)
6. Como chegar ao cesto de roupa suja (500 horas)
7. Como sobreviver a um resfriado sem agonizar (450 horas)

Módulo 3: Tempo livre
1. Passar uma camisa em menos de duas horas (exercícios práticos)
2. Tomar a cerveja sem arrotar, quando se está à mesa (exercícios práticos)
Módulo 4: Curso de cozinha
1. Nível 1 (principiantes - os eletrodomésticos) ON/OFF = LIGA/DESLIGA
2. Nível 2 (avançado) minha primeira sopa instantânea sem queimar a Panela
3. Exercícios práticos - ferver a água antes de por o macarrão
CURSOS COMPLEMENTARES: POR RAZÕES DE DIFICULDADE , COMPLEXIDADE E ENTENDIMENTO DOS TEMAS, OS CURSOS TERÃO NO MÁXIMO 3 ALUNOS.
1. A eletricidade e eu: vantagens econômicas de contar com um técnico competente para fazer reparos;
2. Cozinhar e limpar a cozinha não provoca impotência nem homossexualidade (práticas em laboratório);
3. Porque não é crime presentear com flores, embora já tenha se casado com ela;
4. O rolo de papel higiênico: Ele nasce ao lado do vaso sanitário? (biólogos e físicos falarão sobre o tema da geração espontânea);
5. Como baixar a tampa do vaso passo a passo (teleconferência);
6. Porque não é necessário agitar os lençóis depois de emitir gases intestinais (exercícios de reflexão em dupla);
7. Os homens dirigindo, podem SIM, pedir informação sem se perderem ou correr o risco de parecerem impotentes (testemunhos);
8. O detergente: doses, consumo e aplicação. Práticas para evitar acabar com a casa;
9. A lavadora de roupas: esse grande mistério!!
10. Diferenças fundamentais entre o cesto de roupas sujas e o chão (exercícios com musicoterapia);
11. A xícara de café: ela levita, indo da mesa à pia? (exercícios Dirigidos por Mister M);

12. Analisar detidamente as causas anatômicas, fisiológicas e/ou psicológicas que não permitem secar o banheiro depois do banho.
(Retirado de um email sem o que fazer. Qualquer semelhança não será mera coincidência)
Beijos e bom feriado para todos

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Visita ao Inhotim

Sabem que fico boba de ver a falta de divulgação dos projetos culturais que temos à disposição, muitas vezes tão pertinho! Semana passada, conversando com um amigo que a muitos anos está fora do país, fiquei sebendo da existência do Inhotim, um centro de arte contemporânea que, segundo ele, é super divulgado nos Estados Unidos, e inclusive está concorrendo a melhor atração turística pelo guia 4 rodas. O pior, é que sabe onde fica isso? Piada!!!! a 3 mts da entrada do sítio do falecido, o qual freqüentei durante uns 3 anos, no mínimo umas 2 vezes por mês, e nunca, JAMAIS ouvi falar na tal atração. ABSURDO!!!!

Mas bem, esse fim de semana fui conferir. O lugar é tudo de bom. As galerias de arte são super bacanas, e trazem exposições interessantes, bem mais interessntes que muitas que tenho visto por aí. Bem, como se isso já não bastasse, a galeria fica dentro de um parque ecológico MARAVILHOSO, super bem cuidade, com mesas e espreguiçadeiras por todos os lados, ideal para passar um dia inteiro, seja sozinho, em família, com amigos ou namorado. Tudo isso a 60km da capital mineira, na cidade de Brumadinho. O centro possui ainda dois restaurantes maravilhosos. Mas cuidado, vá preparado porque são os olhos da cara (quase infartei quando pedi a conta, rs).
O Centro possui site de contato na internet, e no caso de visitas, essas podem ser agendadas ou não. Possui estacionamento e paga-se 10,00 inteira e 5,00 meia pela entrada. Não deixe jamais de levar sua câmera fotográfica.

terça-feira, 21 de agosto de 2007



Não poderia deixar de comentar essa maravilha com vocês, meus amigos. Foi o Léo quem me indicou. O marketing que ele fêz foi tão convincente que acabei pegando. Resultado? me apaixonei!!!
Apesar da sinopse salientar a retratação do preconceito que assolou os EUA após os atentados de 11 se setembro, acredito, particularmente, que as diversas formas de preconceitos ali demonstradas estão presentes em nossa vida desde o firmamento. Além de todas as relações preconceituosas, o filme para mim mostrou os dois extremos do ser humano; aquele que ao mesmo tempo em que pode aflorar tudo de mais feio que existe em sua excência humana, pode também dar sua vida por alguém, demonstrando a causa da maior de todos os sentimentos; o amor.
É um filme para assistir e pensar por muito tempo. Indispensável!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

E pensar que essa felicidade não passa de um estado de espírito...


Acordar e ver o dia com olhos de felicidade,
Alongar, relaxar, fazer bem ao corpo, a si próprio
Um banho gelado, alívio no estresse e nas preocupações.

Pensamento positivo.
Os problemas decerto jamais deixarão de existir, é justamente por isso que se faz necessário saber lidar com eles.

Planejar-se para fazer o melhor, traçando sempre metas realizáveis para evitar frustrações. Um pouco de disciplina, nunca demasiada, faz bem, afinal, 'nenhum homem é livre se não puder comandar a si mesmo" (PITÁGORAS).

Uma boa semana para todos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Descarrego no Senado


Esta mensagem foi enviada por um Sacerdote do Candomblé (Pai de Santo) ao Senador Romeu Tuma, após este ter comentado no Correio Brasiliense que nem um "descarrego" daria jeito no Senado:

Boa tarde,

Eu sou sacerdote do candomblé e tenho plenas convicções do poder de um "descarrego" para dissipação das energias negativas e na abertura de caminhos. Luto com todas as forças e sem nenhum incentivo para trabalhar com uma comunidade carente e excluida a 60km do Senado Federal. (Veja a página da Associação www.multiculturas.com/avi.htm ). Lá na Associação, local onde também funciona a casa de candomblé sempre fazemos "descarregos" e por força do nosso culto temos conseguido desenvolver um trabalho social e nos mantermos probos, crentes e solidários.

No caso do Senado teríamos que fazer um "descarrego" em toda a população brasileira para que abrisse os olhos e visse em quem votam. "Descarregar" o Senado agora é realmente inócuo, mas vou continuar rezando e fazendo os meus cultos para que, quem sabe, na próxima eleição nós eleitores façamos esse descarrego na hora de escolher nossos líderes.

Ver o Senado "sangrando" politicamente sem que um Líder tenha a ombridade de renununciar o cargo é lamentável. É lamentável ver outro Senador renunciar para não ter os seus direitos cassados (crente que o "descarrego" dos eleitores não acontecerá e que ele voltará a ocupar um cargo eletivo, dos quais sempre viveu à sombra).

Ver cada vez mais Senadores e autoridades eleitas envolvidas em falcatruas e não ter nenhuma notícia de que foi aprovada esta ou aquela Lei que beneficie justamente o povo é muito dolorido para a imagem do Senado. Parece que foram eleito somente para fazer CPIs.

Mas o que é mais difícil é ver o povo "sangrando" com os impostos, com os desvios e com a falta de assistência digna e necessária já que o dinheiro foi arrecadado mas não retorna como benefício bem administrado do povo e para o povo. Então, enquanto isso, só mesmo muitas oração e descarregos para que esse povo continue aguentando e votando em políticos, que em sua maioria envergonham a nossa nação.

Que Olodumarè/Nzambi Mpungu, todos os Jinkisi/Orissà e antepassados tenham misericordia de nós e abram os olhos do povo e dê a destinação merecida aos que usam os direitos outorgados pelos que realmente geram renda no pais para se locupletarem.

Espero Sr. Senador Romeu Tuma que sua participação nesse processo de moralização da casa, e automaticamente do Brasil, seja decisivo e se precisar de um descarrego, conte comigo. Enquanto isso continuo fazendo os meus "descarregos" e ajudando os que mais necessitam.

Francisco Aires Afonso Filho (Pai de Santo)

É mole?






domingo, 12 de agosto de 2007

Porque esse é um dos poucos que eu adoro

TRADUZIR-SE

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte;
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?


Ferreira Gullar