Hoje estou postando um exercício MUITO bacana para graduandos, futuros autores de TCC adquirirem e treinarem técnicas para elaboração de referencial teórico. Espero que seja últil para algum de vocês.
Agora responda:
Qual é a essência do carnaval brasileiro?
O que o carnaval representa para cada um dos autores? Será que os autores das letras das músicas concordam entre si a respeito do carnaval? Em sua opinião, qual dessas músicas expressa o espírito dessa manifestação popular? Ou seja, qual dessas visões de carnaval você se identifica e por quê?
Elabore um texto respondendo a essas perguntas. Se achar necessário, dê uma olhada na “amostra” abaixo.
A essência do carnaval
Com o objetivo de discorrer sobre a essência do carnaval brasileiro, buscou-se nos autores Didi & Maestrinho (1982), Hime e Holanda (1984) e Guanaes (1992) embasamento teórico que nos auxiliasse nessa tarefa. Entende-se aqui que o carnaval é uma manifestação popular e, a partir desse pressuposto, pretende-se expressar o “verdadeiro espírito” do Carnaval.
É fato que os três autores percebem o carnaval como uma manifestação de alegria, embora o conceito dela difere, em cada autor, na forma e na circunstância. Didi & Maestrinho (1982) falam sobre uma alegria esplendorosa, tão contagiante a ponto de ser famosa no além mar:
Minha alegria atravessou o mar
e ancorou na passarela.
Fez um desembarque fascinante,
o maior show da terra. (DIDI & MAESTRINHO, 1982, p.?)
Percebe-se também que a figura central no texto desses autores é o brasileiro que mora nos assentamentos irregulares de baixa renda[1] dos grandes centros urbanos:
Será que eu serei
o dono desta festa?
O rei no meio de
uma gente tão modesta. (DIDI & MAESTRINHO, 1982, p.?)
É interessante notar que tanto Didi e Maestrinho (1982), quanto Hime e Holanda (1984) tratam a alegria de forma semelhante: nos dois textos, a alegria assume a condição efêmera, ou seja, ela é momentânea. “É hoje o dia da alegria e a tristeza não pode pensar em chegar.” (DIDI & MAESTRINHO, 1982, p. ?) afirmam os primeiros. E Hime e Buarque (1984) concordam:
E um dia, afinal tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval. (HIME & HOLANDA, 1984, p. ?)
No entanto, para esses últimos, a alegria do carnaval é adequada aos interesses dos mais favorecidos (HIME & HOLANDA, 1984). Recorrendo a um discurso político, os autores demonstram como o carnaval contribui para a alienação da massa e como esse fenômeno sóciocultural persiste até hoje em:
Num tempoPágina infeliz da nossa históriaPassagem desbotada na memóriaDas nossas novas geraçõesDormia a nossa pátria mãe tão distraídaSem perceber que erasubtraída em tenebrosas transações. (HIME & HOLANDA, 1984)
A análise mais profunda do Carnaval em Hime e Holanda (1984) não é percebida em Guanães (1992). O autor, ao escrever o livro, dirige explicitamente ao turista (usa refrão em língua estrangeira): “We are Carnaval” (p.?). Esse indício demonstra que Guanães (1992) considera o Carnaval uma atração turística – o que coloca em segundo plano a manifestação cultural.
De qualquer forma, percebe-se, nos três autores, uma alegria fugaz, embora tal característica seja enfatizada de modo distinto. Considerando que o Carnaval é mais uma manifestação popular e menos uma atração turística, pode-se concluir que os autores Didi & Maestrinho (1984) e Hime & Holanda (1982) conseguiram expressar com mais propriedade a alegria no carnaval no Brasil: A alegria fugaz é a revelação de uma condição sócio-cultural da sociedade brasileira: relação desigual e ilícita entre ricos e pobres. Mesmo porque esses autores juntos não se preocuparam em delimitar um espaço geográfico para tal manifestação popular ocorrer. Ou seja, não é somente em Salvador que o folião (e o turista) tem direito a uma breve alegria.
[1]Hoje, adota-se uma expressão politicamente correta para o termo favela, embora o senso comum desconheça tal expressão.
7 comentários:
Quem é viva aparece de novo! que que aconteceu com vc que sumiu assim?!?!?
só de LEMBRAR do meu TCC tenho preguiça... cê tá nessa é? boa sorte! rsrssrsrs...
dando aula? que chique demais! eu to pensando em voltar a estudar, mas dessa vez, Direito. to olhando a obtenção de novo titulo. quem sabe, né? bjocas, teacher! some de novo não...
E aí sumida!!
O carnaval brasileiro mudou a sua essencia, assim como todos os outros acontecimentos. Talvez seja evolução ou sinal dos tempos. Na minha opinião mudou pra pior!
Beijus
;)
Cê voltou, filha!!!
Saudade de vc. Tô caindo de sono e amanhã volto pra ler o post direito - hj passei pra te dar um abraço e matar a saudade =)
Beijo!
Espetacular o post. Gosto quando iniciativas como as suas são apreciadas pelo público, ainda mais no universo "bloguístico".
Bjos, minha linda.
Não me importa o seu idioma, ou onde você está. O meu desejo é o mesmo:
Alemanha: Fröhliche Weihnachten
Bélgica: Zalige Kertfeest
Brasil: Feliz Natal
Bulgária: Tchestito Rojdestvo Hristovo, Tchestita Koleda
Catalão: Bon Nadal
China: Sheng Tan Kuai Loh (mandarín) Gun Tso Sun Tan'Gung Haw Sun (cantonés)
Coréia: Sung Tan Chuk Ha
Croácia: Sretan Bozic
Dinamarca: Glaedelig Jul
Eslovênia: Srecen Bozic
Hispanoamérica: Felices Pascuas, Feliz Navidad
Estados Unidos da América: Merry Christmas
Hebraico: Mo'adim Lesimkha
Inglaterra: Happy Christmas
Finlândia: Hauskaa Joulua
França: Joyeux Noel
País de Gales: Nadolig Llawen
Galego (na Galicia): Bo Nada
Grécia: Eftihismena Christougenna
Irlanda: Nodlig mhaith chugnat
Itália: Buon Natale
Nova Zelândia em Maorí: Meri Kirihimete
México: Feliz Navidad
Holanda: Hartelijke Kerstroeten
Noruega: Gledelig Jul
Polônia: Boze Narodzenie
Portugal: Boas Festas
Romênia: Sarbatori vesele
Rússia: Hristos Razdajetsja
Sérvia: Hristos se rodi
Suécia: God Jul
Tailândia: Sawadee Pee mai
Turquia: Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun
Ucrânia: Srozhdestvom Kristovym
Vietnã: Chung Mung Giang Sinh
São os votos do "By Oscar Luiz", do "Flainando na Web" e do "Gente Sem Saúde".
E que 2008 seja o ano das suas realizações!
Um grande beijo deste amigo que não esquece de você mesmo distante!
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