sábado, 14 de julho de 2007

E existe mesmo destino?


Ela era uma moça jovem, alegre e bonita aos seus 21 anos de idade. Estava muito alegre em sua festa de formatura ao lado do namorado que tanto amava e a quem havia se entregado pela primeira vez. Sua vida se resumia n'ele; era o homem de sua vida, e assim foi pelos 2 ou 3 anos que se seguiram, até que ele não a quis mais.

O mundo dela se desabou. Daí para frente foram crises depressivas, terapias, remédios e tentativas de suicídio. Ela nunca se recuperou e sua vida nunca mais foi a mesma. Perdeu-se o viço, a alegria. Até mesmo seu corpo e saúde foram sacrificadas pela perda daquele amor.

Aquelas lembranças e dor da perda lhe acompanharam por quase dez anos de sua vida, mas hoje... Hoje era diferente. Hoje uma ponta de esperança de ser novamente feliz tornava-se concreta. Após um casamento sem sucesso, ele a reencontrava, e pedia-lhe uma nova chance. Suplicava-lhe que ela esperasse um pouco. Ele terminaria o casamento, resolveria sua vida e voltaria para que pudessem viver o que ele mesmo havia interrompido.

A vida para ela começou a ganhar tons de azul. Um azul ainda muito claro, acinzentado, mas que começava se abrir, anunciando que as cores daquele céu se fortaleceriam e transformariam-se em um lindo anil. Seis meses se passaram e um telefonema fez o anil se converter em um breu quase palpável. Chega a notícia: ele faleceu fazem 5 meses.
- Tentei lhe avisar mas não consegui te localizar. Ele havia pedido que te levássemos ao hospital, onde morreu chamando pelo seu nome. Infelizmente, só hoje, remexendo em alguns documentos dele encontrei um papel com seu nome escrito em disfarce, para que não fosse facilmente identificado. E tem mais... faz alguns dias que descobrimos uma casa em construção em outra cidade. Ele a estava construindo para lá viver junto com você. Acabo de encontrar também um envelope lacrado com seu nome escrito do lado de fora, mas estou na ponte aérea para um viagem de 15 dias, e só na volta poderei entregá-lo.

5 comentários:

Flávia disse...

Menina, que coisa triste... mais triste ainda é saber que, como essa, existem várias outras histórias de pessoas que condicionam a própria felicidade à existência de outrem.

Espero que não seja uma dessas histórias tiradas do mundo real...e se for, espero que se repita minimamente. É terrível perceber que se perdeu o último trem...

Beijos, 1934!

Osc@r Luiz disse...

Pare de ouvir música sertaneja, menina!
Isso faz mal à saúde!
É droga pesada e vicia!
Vou postar algumas músicas de um meme que recebi. Vê se inspiram você com algo mais alegrinho...
Você tá indo longe demais nessa fase "autodestruição". Não combina nada com você!
Obrigado por ser assinar o manifesto.
Sua atitude e solidariedade certamente vão fazer a diferença!
Beijo!

Osc@r Luiz disse...

Passando só pra deixar um beijinho e o desejo de um domingo cheio de alegrias!

A Jana e o Ti disse...

Nossa, Lu, que história triste!... E é verídica ou invenção da cabecinha pensante?
Pra vc que gosta de bons filmes: assista o Labirinto do Fauno. Vi um post sobre ele no blog da Dri e lembrei que é realmente um filme (muito triste, mas) lindo de morrer!
Bjos.

Luma Rosa disse...

Muitas histórias como essa acontecem, mas não devemos achar que é o destino. Se essa florzinha não tivesse se fechado para a vida, a vida não teria se fechado para ela.
O que será que tem dentro do envelope?
Boa semana!! Beijus, Luma